Galinhola

02-05-2012 04:22

GALINHOLA

Nome vulgar: Galinhola
Nome científico: Scolopax rustícola

Com cerca de 35 cm de comprimento, asas largas e arredondadas, bico comprido e direito a galinhola é uma ave solitária e difícil de observar quer devido à sua cor bastante mimética quer ainda devido ao seu período de actividade, fundamentalmente crepuscular e nocturno.

 

Com uma silhueta muito particular, também o voo é bastante característico: a galinhola voa rápida e silenciosamente entre as árvores, chamando então a atenção a sua figura atarracada de asas redondas e bico apontado para o solo; ao levantar voo, as suas asas
produzem um zumbido muito peculiar.
E uma ave migradora, só se encontrando em Portugal Continental durante os meses de
Inverno, indo criar nos países do Centro e Norte da Europa; é sedentária nos Açores.

Habitat e Alimentação

As galinholas encontram-se geralmente nos bosques com vegetação arbustiva suficiente para lhes fornecer coberto; a existência de terras frescas e húmidas é também um factor
importante, pois é preferencialmente neste tipo de zonas que elas se alimentam.
A sua alimentação é constituída essencialmente por minhocas, mas também por insectos,
pequenos moluscos e mesmo por diversos grãos e fragmentos vegetais.

NARCEJAS

As narcejas são aves que habitam zonas alagadiças e são caracterizadas - assim como a
galinhola - pelo seu grande bico, e pernas e pescoço relativamente curtos. São pouco sociáveis e a sua plumagem mosqueada de castanho, amarelo e preto torna-as quase invisíveis.
Em Portugal existem três espécies de narcejas; são migradoras invernantes, chegando ao nosso país entre Setembro e Outubro e partindo em Março, indo criar nos países da Europa Central e do Norte. Há no entanto notícias de nidificação de narceja-comum no
Norte do país, especialmente nas Terras de Barroso e Veiga de Chaves
Destas três espécies a narceja-grande (Gallinago media) é extremamente rara em Portugal
e por isso mesmo é protegida; as outras duas espécies, que podem ser caçadas, são a narceja-comum e a narceja-galega.

Habitat e Alimentação

As narcejas têm uma alimentação baseada em pequenos invertebrados que extraem da terra com o bico; estão geralmente ligadas às zonas com solos leves e húmidos, sendo muito frequentes nos restolhos de arroz que lhes proporcionam mais recursos alimentares (moluscos, insectos, fragmentos vegetais, grãos).

NARCEJAS QUE SE PODEM CAÇAR

Nome vulgar: Narceja-comum
Nome científico : Gallinago gallinago

 

E uma ave de 27 cm de comprimento, bico comprido (cerca de 6,5 cm) e cauda relativamente clara.
Embora a narceja-comum seja muito difícil de observar de perto, é facilmente identificada pelo seu voo, marcadamente ziguezagueante e pelo grito breve e muito característico emitido quando levanta voo, o chamado beijo da narceja.


Nome vulgar: Narceja-galega
Nome científìco: Lymnocryptes minimus

 

A narceja-galega é também muito difícil de ser observada, mas distingue-se facilmente da narceja-comum por ser consideravelmente mais pequena (19 cm de comprimento), por ter um bico mais curto (cerca de 4 cm) e cauda escura; além destas diferenças morfológicas, a narceja-galega apresenta ainda outros caracteres que a distinguem das outras narcejas: o seu voo é mais lento e mais directo e quando levanta é geralmente silenciosa.

TARAMBOLA DOURADA

As tarambolas são aves sociáveis, de tamanho médio (cerca de 27 cm), que nos visitam apenas durante o Inverno; apresentam em comum pescoço largo, bico relativamente curto e forte e olhos bem desenvolvidos
Podem encontrar-se em Portugal duas espécies de tarambolas: a tarambola-dourada e a
tarambola-prateada. Destas só a tarambola-dourada pode ser caçada

Nome vulgar: Tarambola-dourada

Nome científico : Pluvialis apricaria

 

Quando entre nós, no Inverno portanto, esta espécie apresenta a face e a parte inferior do corpo brancas, o peito mosqueado de castanho amarelado, e a face dorsal escura, profusamente manchada de dourado. A parte inferior das asas é completamente branca, a cauda e o uropígio são da cor do dorso.
Encontra-se especialmente em zonas interiores, mas também frequenta as áreas costeiras,
sobretudo as arenosas.
O regime alimentar da tarambola-dourada baseia-se sobretudo em insectos e larvas.

Por ser muito semelhante à tarambola-dourada, apresentamos uma breve descrição da tarambola-prateada(Pluvialis scluatarola) que é uma espécie integralmente protegida.
Com o mesmo aspecto geral da tarambola-dourada, apresenta no entanto a face dorsal mais acinzentada, axilas negras, bem evidentes, cauda e uropígio esbranquiçados.
Para além dos elementos de distinção já mencionados, apenas há a referir o aspecto alimentar que, nesta espécie, está preferencialmente ligado a moluscos, crustáceos e vermes, o que aliás justifica a estreita ligação da tarambola-prateada com as zonas de costa.

 

TORDOS

Os tordos são aves que formam um grupo bem distinto quer devido ao seu tamanho - são pássaros de tamanho médio - quer devido a alguns caracteres comuns que apresentam: aspecto geral acastanhado, parte inferior do corpo clara e mais ou menos sarapintada,com canto geralmente melodioso,,sem distinção de sexos, bico relativamente fino bem adaptado a uma alimentação baseada em invertebrados e frutos.
São aves cujo habitat está geralmente ligado a zonas arborizadas ou às suas orlas.
Em Portugal podem encontrar-se quatro espécies de tordos; apresentamos de seguida alguns caracteres identificativos de cada uma das espécies.

Nome vulgar: Tordeia, Tordoveia
Nome científico: Turdus viscivorus

 

É a maior das quatro espécies (26 cm de comprimento); a parte superior do corpo é de cor cinzenta acastanhada, o peito é claro com pequenas manchas castanhas escuras arredondadas e bem evidentes; em voo vê-se a parte inferior das asas de cor branca.
Espécie sedentária.

Nome vulgar: Tordo-zornal
Nome científico: Turdus pilaris

 

Espécie invernante em Portugal, vai nidificar nos países do Norte da Europa. Um pouco mais pequeno que a tordeia (25 cm de comprimento) o tordo-zornal apresenta cabeça e uropígio cinzentos, costas castanhas arruivadas, cauda quase preta; em voo, mostra a cor branca da parte inferior das asas.

Nome vulgar: Tordo-ruivo
Nome científico: Turdus iliacus

 

A mais pequena das quatro espécies (21 cm de comprimento), tem as sobrancelhas de cor branca amarelada bem evidente, a parte inferior do corpo raiada (e não sarapintada), flancos e parte inferior das asas (só visível em voo) de cor arruivada.Espécie que vem a Portugal passar o Inverno; nidifica nos países do Norte da Europa.

Nome vulgar: Tordo-comum
Nome científico : Turdus phitomelus

 

Pouco maior que o tordo-ruivo (22 cm de comprimento), apresenta a parte superior do corpo de cor castanha e a parte inferior das asas (visível quando em voo) amarela alaranjada.
Embora em Portugal seja invernante, já existem populações sedentárias a partir do Norte de Espanha.

MELRO

Nome vulgar: Melro
Nome científico: Turdus merula

 

Pássaro de tamanho médio (cerca de 25 cm de comprimento), geralmente solitário.O macho é inconfundível com a sua plumagem inteiramente preta (contrastando com a plumagem pardacenta da fêmea) e bico amarelo.
Vive em bosques, sebes e jardins e a sua alimentação é de origem animal (insectos e gastrópodes) e vegetal muito variada, englobando elementos (frutos diversos).

ESTORNINHO MALHADO

Nome vulgar: Estorninho-malhado
Nome científico: Sturnus vulgaris

 


O estorninho-malhado é uma pequena ave (25 cm de comprimento) de cor negra com reflexos verde e púrpura e que no Inverno - altura do ano em que se encontra em Portugal tem a plumagem densamente salpicada de cinzento
Estes pássaros estão associados quer às orlas dos bosques ou florestas quer aos terrenos de cultura ;barulhento bons imitadores, inquietos,gregários, juntam-se nas dormidas em bandos de milhares de indivíduos.
Há em Portugal um outro estorninho, o estorninho-preto (sturnus unicolor),muito semelhante ao estorninho-malhado (de verão tem uma plumagem preta e de Inverno só muito levemente manchada), residente (encontra-se na Península Ibérica e no Norte de Africa durante todo o ano) e que devido a convenções internacionais é proibido caçar

GRALHA PRETA

Nome vulgar: Gralha-Preta
Nome científico: Corvus corone

 

Muito comum em zonas abertas,reúne-se em bandos mais notáveis nas dormidas.
Pode confundir-se com o corvo; no entanto o seu menor tamanho (46cm de comprimento)' O bico mais fino, a cauda cortada a direito (vista em voo), a sua maior sociabilidade e a sua voz menos grave são factores que a diferenciam daquele.
As gralhas - assim como o corvo - são pássaros grandes, normalmente de plumagem inteiramente preta, algumas vezes misturada com cinzento.
São geralmente consideradas das aves mais capazes de se adaptarem às alterações do meio onde vivem; por isso mesmo estão de certa forma ligadas à presença humana.
Das gralhas existentes em Portugal só uma, a gralha-preta, está incluída na lista das espécies cinegéticas. Das restantes, a gralha-de-nuca-cinzenta e a gralha-de-bico-vermelho não se confundem facilmente com a gralha-preta. O mesmo não acontece com a gralha-calva que apresenta um tamanho muito semelhante ao da preta, podendo distinguir-se pela face esbranquiçada sem penas e pelo bico mais delgado e pontiagudo; de referir ainda que esta última espécie só está presente em Portugal durante o Inverno


PEGA

Nome vulgar: Pega
Nome científico: Pica pica

 

Corvídeo de tamanho médio (46 cm de comprimento),muito comum, preferindo zonas abertas com árvores dispersas nas quais constrói o ninho. E um pássaro que se distingue facilmente pela sua plumagem preta e branca e a sua cauda muito comprida.
As pegas, normalmente vistas aos pares ou em pequenos grupos, têm a alimentação típica dos corvídeos: elementos de origem vegetal e animal, insectos, caracóis, frutos vários, grãos, ovos.